sábado, 27 de fevereiro de 2010
Snapper 2010 - Round 1
Começou o circuito mundial de 2010 em Snapper e parece que o Careca resolveu usar um equipamento mais convencional para brigar pelo décimo. Vale destacar a estréia do Jadson que quebrou, mesmo de backside, marcando o terceiro maior somatório do dia,só atrás de Slater e Fanning.
Enquanto isso daqui a 30 minutos um Tsunami deve atingir a costa do Hawaii...que Deus proteja a todos.....Aloha GD!!!!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Fim de semana de Bombas
domingo, 21 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Esgoto no quintal do governador.....
A tão sofrida praia do Leblon, quintal da residência do Governador do Estado Sergio Cabral, continua poluída e sofrendo com a sujeira....a cada chuva a comporta do canal da rua visconde de albuquerque é aberta, liberando aquela água com cor de merda e cheiro repugnante....até quando vai ser assim???? E olha que o local é disputado pelas celebridades e paparazzis,além de ser cenário das novelas globais...imagina se não fosse.....No WQS feminino disputado no pontão ano passado as meninas tavam com medo da água...mico geral pro Rio...
Vamos se juntar galera e cobrar das autoridades uma solução para esse problema...as eleições estão ai....comecei a surfar no Leblon em 1985 e a praia já sofria com o esgoto, nesse tempo todo a coisa só piorou....vamos dar um basta nisso!!!!
Estou lançando a campanha "CHEGA DE COCÔ NO LEBLON!!!!"
Pra quem não conhece se liga na foto tirada no dia 19/02/2010 pelo Max Kikoler e en viada pelo Fred Schmidt......
Aloha GD!!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Imagina a do Burle.....
Segue video de Mavericks num dia "pequeno" filmado com a Go Pro..imagina agora aquela besta que o Burle pegou na semana passada como não é de verdade....
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Bronco
Segue vídeo de uma entrevista do Bronco durante o HangLoose de Noronha..como eu falei a poucos "posts" atrás, ele comenta que entrou no circuito com 15 anos apavorando os gringos e hoje, aos 35, continua dando duro na mulecada. Com uma auto estima muito elevada, e sempre falando do "Peterson Rosa" na 3ºpessoa, ele descreve "ele mesmo" quase que como um personagem, e mostra que na vida você tem de acreditar nos seus objetivos e estabelecer metas para conquistar. Já arrumou porrada no Hawaii quando foi rabeado pelo irmão do Shaun Briley e foi bater na casa do Fast Eddie resolver seus problemas na mão. Nessa bateria em Noronha ele diz que se distanciou do Patrick Tamberg porque já arrumou muitos "problemas" com os locais. É o único que tem coragem de falar que Fernando de Noronha fecha (teve um ano que ele ainda era top do mundo e disse que não ia porque era caro e fechava...). Ele fala sobre o contrato de patrocínio que acabou de fechar para correr o brasileiro e diz que vai ser tetracampeão nacional. Alguém duvida????
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O santo é fraco
Retirado do O Globo.
Nem se todos os orixás se reunissem em prol da Praia da Macumba dariam jeito no estado de abandono desse trecho da orla carioca. Castigada pela falta de conservação e por atos de vandalismo, a praia depende mesmo é de investimentos da prefeitura, por meio da Secretaria de Obras.
O GLOBO-Barra desta quinta-feira relembra os revezes por que passou o projeto da Eco-Orla desde sua inauguração, em 2004. A estrutura, que inclui deques de madeira, ciclovia, praça de lazer, equipamentos de ginástica, aspersores e duchas, já começou a ruir apenas duas semanas após ficar pronta. Uma maré incomum retirou a areia que dava sustentação aos muros , e parte da ciclovia e dos deques cedeu. Era só o começo.
De lá para cá, a situação só piorou. Os deques não oferecem segurança e costumam afundar sob os pés de banhistas. O surfista Miguel Calmon foi a última vítima: fraturou a rótula, rompeu os ligamentos e teve que passar por uma cirurgia.
Além da falta de conservação dos deques, postes da Rioluz dão choque em banhistas que andam descalços no calçadão. Pedras de granito dispostas na mureta de proteção do calçadão foram roubadas, e faltam pedras portuguesas no chão. A matéria completa está no GLOBO-Digital (somente para assinantes)
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Industry Surfboards Old 4 model fish By Passos
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Que doideira é essa Careca?????
Me parece muita doideira essa prancha assimétrica do Careca...já tinha visto rabeta assimétrica...inclusive em uma propaganda do Gary Linden, com Cheyne Horan, no início dos 90..eu mesmo já tive uma prancha que, numa ida à praia de busão, perdeu metade da rabeta naquele chão de chapa de alumínio, após o coletivo passar por um buraco e arremeçar seus ocupantes para o alto...só que usar quilha de forma assimétrica me parece doideira...será?
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Rapidinhas...
- Jaiminho levou o Volcon Pipeline provando que lá quem manda é ele..
- Trequinho abriu mão de 2 campeonatos 6 estrelas no Brasil pra correr o campeonato do patrocinador. Será que valeu a pena??
- O filho do Liam Macnamara com 13 anos se taca nas morras.
- O Liam tava meio devagar não lembrando aquele cara que aterrorizava de capacete com viseira escura (parecendo um ET) na década de 80...
- Pra quem acha que surfar Pipe é fácil se liga nas fotos abaixo do que restou da prancha do Nic Muscroft (acho que é assim que se escreve...)depois de um golfinho na bancada...se liga, camarão que dorme a onda leva!!!!
- Enquanto isso no Brasil a merrecagem impera em Paracuru.
- A onda parece boa mas não sei se é tudo isso..tinha nego falando que era parecido com snapper rocks (????????)
- Achei que o Alejo devia ter levado.
- Manobrar de backside naquelas merrecas é muito mais fácil do que de frontside...precisa de muito menos área.
- No High Score do Heitor ele mandou duas manobras fortes de back side e caiu na terceira manobra...os juizes deram 8 e tal...não considerando a vaca..
- A do Alejo do 8,17 ele fez a onda toda com uma manobra de rotação, na minha opinião muito mais dificil do que meter duas pauladas de back numa ondinha de menos de meio metro...além disso a onda do Alejo era maior...
- Uma galera não concordou com o julgamento..o Pedro Henrique via twitter tava revoltado...
- O circuito de forma unificada fica mais interessante, dando mais valor pras etapas do WQS, depois do primeiro CT vai dar pra ter uma idéia de quem tá na frente de quem..
- Quem perder de cara no CT vai rodar no meio do ano...os meninos brasucas Alejo e Medina podem entrar ainda esse ano na primeira divisão (não sei se o medina pode pela idade).
- Esse papo de ter 18 anos pra correr o CT os caras inventaram com medo do Peterson Rosa, que com uns 15 anos já virou profissional e tava aterrorizando...
- As ondas tão pequenas até a próxima semana....
No mais é isso, Aloha GD!!!!!!!!!!!
o que restou da bichinha depois do golfinho....
outro angulo do preju...
- Trequinho abriu mão de 2 campeonatos 6 estrelas no Brasil pra correr o campeonato do patrocinador. Será que valeu a pena??
- O filho do Liam Macnamara com 13 anos se taca nas morras.
- O Liam tava meio devagar não lembrando aquele cara que aterrorizava de capacete com viseira escura (parecendo um ET) na década de 80...
- Pra quem acha que surfar Pipe é fácil se liga nas fotos abaixo do que restou da prancha do Nic Muscroft (acho que é assim que se escreve...)depois de um golfinho na bancada...se liga, camarão que dorme a onda leva!!!!
- Enquanto isso no Brasil a merrecagem impera em Paracuru.
- A onda parece boa mas não sei se é tudo isso..tinha nego falando que era parecido com snapper rocks (????????)
- Achei que o Alejo devia ter levado.
- Manobrar de backside naquelas merrecas é muito mais fácil do que de frontside...precisa de muito menos área.
- No High Score do Heitor ele mandou duas manobras fortes de back side e caiu na terceira manobra...os juizes deram 8 e tal...não considerando a vaca..
- A do Alejo do 8,17 ele fez a onda toda com uma manobra de rotação, na minha opinião muito mais dificil do que meter duas pauladas de back numa ondinha de menos de meio metro...além disso a onda do Alejo era maior...
- Uma galera não concordou com o julgamento..o Pedro Henrique via twitter tava revoltado...
- O circuito de forma unificada fica mais interessante, dando mais valor pras etapas do WQS, depois do primeiro CT vai dar pra ter uma idéia de quem tá na frente de quem..
- Quem perder de cara no CT vai rodar no meio do ano...os meninos brasucas Alejo e Medina podem entrar ainda esse ano na primeira divisão (não sei se o medina pode pela idade).
- Esse papo de ter 18 anos pra correr o CT os caras inventaram com medo do Peterson Rosa, que com uns 15 anos já virou profissional e tava aterrorizando...
- As ondas tão pequenas até a próxima semana....
No mais é isso, Aloha GD!!!!!!!!!!!
o que restou da bichinha depois do golfinho....
outro angulo do preju...
Cientistas completam a perna inicial da primeira travessia de estudo global da “sopa de plástico oceânica”
Fonte: Global Garbage
OCEANO ATLÂNTICO NORTE—Cientistas marinhos encontraram fragmentos de plástico em todas as amostras de água do oceano obtidas na perna inicial da travessia do Projeto 5 Gyres (Giros), o primeiro estudo global sobre poluição marinha por plástico.
“Todas as amostras obtidas da superfície no meio do Atlântico continham fragmentos de plástico, não importava aonde deixávamos cair nosso equipamento de arrasto,” disse Anna Cummins. A residente de Santa Monica, Califórnia, velejou através do Atlântico Norte entre St. Thomas, na Ilhas Virgens, EUA e as Bermudas, para lançar o projeto com seu marido o Dr. Marcus Eriksen.
O casal deixou as Bermudas em 28 de janeiro último com destino aos Açores, nesta segunda perna de sua viagem, uma travessia transatlântica sem precedentes. Eles estão velejando através do Mar de Sargaço, uma região alongada no meio do Atlântico Norte circundada por correntes oceânicas as quais formam o Giro do Atlântico Norte.
A poluição marinha por plástico, a qual pode ameaçar a saúde humana, é largamente conhecida como prevalecente no Oceano Pacífico Norte como o “Grande Rastro de Lixo do Pacífico”. O Projeto 5 Gyres busca documentar esses detritos artificiais nos cinco giros do globo.
“Este é um problema global, temos visto evidência de poluição por plástico em todos os lugares do mundo e isto está piorando”, diz o Capitão Charles Moore, o fundador da Algalita Marine Research Foundation (AMRF – Fundação de Pesquisa Marinha Algalita ). O Projeto 5 Gyres é uma colaboração entre a AMRF, Livable Legacy e a Pangaea Explorations. Cummins e Eriksen, dirigentes do projeto, vêm trabalhando extensivamente com o Capitão Moore. O montante de plástico que eles encontraram durante a perna inicial de 1.070 milhas, cercando o Giro do Atlântico Norte, a bordo do veleiro de regata Sea Dragon, é similar ao que eles viram no Pacífico.
A acumulação torna-se mais densa em leiras no mar, as quais são parecidas com correntes de superfícies de rios povoadas por densos sargaços que aprisionam os detritos. “Nos sargaços encontramos tampas de garrafas, cápsulas de balas de revólver, engradados e até mesmo botas de borracha!” diz Cummins.
Nas Bermudas, Cummins e Eriksen realizaram palestras públicas e para escolas, varreram praias com grupos de limpeza e se encontraram com o Cônsul Geral dos Estados Unidos Grace Shelton. Eles esperam retornar para a Califórnia no final de fevereiro deste ano, após apresentarem suas descobertas na Ocean Sciences Conference de 2010 (Conferência de Ciências Oceânicas) em Portland, no estado do Oregon, EUA, em 24 de fevereiro.
No mar com outros onze tripulantes, Cummins e Eriksen estão aprofundando o foco de suas pesquisas anteriores na AMRF, as quais têm sido quantificar os plásticos flutuantes, incluindo os fragmentos de microplástico consumidos por peixes. Agora eles buscam entender como esses detritos afetam os peixes, para entender melhor o efeito humano do que o Los Angeles Times chama de “um dos segmentos da esteira de lixo tóxico da civilização que mais cresce.”
“As partículas de plástico no mar agem como magnetos para substâncias químicas tais como DDT, PCBs, retardadores de chama e outros poluentes,” diz Cummins. “O Projeto 5 Gyres está trabalhando para avançar nossas pesquisas anteriores com os testes buscando determinar se esses químicos se acumulam nos peixes, navegam ao longo da cadeia alimentar e terminam em nossos pratos de jantar.”
Um dos patrocinadores do projeto é a Blue Turtle. A Pangaea Explorations está fornecendo o veleiro de 72 pés Sea Dragon, no qual o casal velejará para coletar amostras da superfície do oceano, do fundo do mar e do conteúdo do estômago e dos tecidos de peixes para análise.
No final deste ano, o Sea Dragon cruzará o Giro do Atlântico Sul, indo do Rio de Janeiro à Cidade do Cabo, na África do Sul. Esta será a primeira travessia desse tipo nos últimos 30 anos no hemisfério sul. Após está travessia Cummins e Eriksen planejam velejar no Giro do Pacífico Sul.
O Programa de Viagem para Arrasto do 5 Gyres empresta equipamentos de pesquisa para outros velejadores coletarem amostras oceânicas. Atualmente quatro outros arrastos estão sendo desenvolvidos por “cientistas cidadãos” velejando no hemisfério sul, em torno do Cabo Verde na costa da África, no Havaí e em outros lugares.
As Viagens de Arrasto continuarão emprestando equipamentos para outros estudos de plástico no Giro do Oceano Índico e em outros lugares.
“Esperamos obter informações dos cinco giros nos próximos dois anos” – diz Eriksen – “continuaremos trabalhando com cientistas cidadãos para perseguir a acumulação de resíduos plásticos nos oceanos do mundo.”
Eriksen e Cummins estão mantendo um blog com fotos e vídeos sobre sua viagem no endereço 5gyres.org. O progresso do Sea Dragon pode ser acompanhado através da tecnologia GPS.
Pelo fato de que a poluição por plástico no mar não pode ser limpa por qualquer meio, a sociedade deve parar este problema na sua fonte, realçam os pesquisadores. Eles advogam que legislações demandem das empresas a responsabilidade pela recuperação e reutilização de seus produtos, incluindo incentivos econômicos de recuperação e extinção de produtos descartáveis não reutilizáveis. A legislação responsável criará também uma tremenda oportunidade para produtos alternativos inteligentes e inovadores.
“Não podemos sair desta sujeira pela reciclagem, nem podemos limpar o que já está lá fora,” diz Eriksen. “Não estamos olhando para uma grande acumulação de pedaços visíveis de plásticos, mas para uma sopa difusa de micro-partículas.”
Enquanto os efeitos potenciais à saúde humana permanecem desconhecidos, cientistas já estimam que perto da metade de todas as espécies de pássaros marinhos, todas as espécies de tartarugas marinhas e 22 espécies de mamíferos marinhos ferem-se ou morrem por causa do lixo plástico, seja pela ingestão, enredamento ou estrangulamento, antes que os detritos sejam quebrados (pela fotodegradação) em minúsculos fragmentos.
A lista de espécies de peixes que ingerem fragmentos tóxicos de plásticos está crescendo. A AMRF, onde Eriksen é diretor de desenvolvimento de programas, identificou oito dessas espécies em 2008.
Na última primavera, Cummins e Eriksen completaram um tour de 2.000 milhas de bicicleta para gerar conscientização do problema no Giro do Pacífico Norte, onde o próprio Eriksen velejou a bordo do JUNKraft da AMRF construído com 15.000 garrafas de plástico. O problema do plástico no oceano tem sido referido como a Marca de Lixo, mas que é muito mais difusa do que uma simples “marca”, a qual Eriksen e Cummins chamam de sopa de plástico.
O casal continuará sua segunda viagem este ano no Atlântico com um projeto de conscientização de duração de um ano chamado “O Último Canudo.” Este projeto inclui um tour de 2.000 milhas para ciclo de palestras na Costa Leste e a construção, em Paris, de um barco com 250.000 canudos de plástico. Neste barco, chamado de “STRA,” em homenagem à expedição RA feita por Thor Heyerdahl no final dos anos 1960, eles velejarão o Rio Sena e cruzarão o Canal Inglês.
O patrocinador do Projeto 5 Gyre Blue Turtle, baseado em San Francisco, é uma organização social que visa soluções completas e longevas para a poluição dos oceanos mundiais através da educação, de fontes de eliminação e limpeza. A Pangaea Explorations, outro patrocinador importante e proprietária do Sea Dragon, é dedicada à descoberta de bases verdadeiras sobre o meio ambiente, envolvendo pessoas e as questões ambientais, e ensinando a próxima geração a respeitar e proteger o seu meio ambiente.
Patrocínios chave adicionais são fornecidos por Ecousable, Quiksilver Foundation, Surfrider Foundation, Keen Footwear, Patagonia e Aquapac.
Tradução: Global Garbage
OCEANO ATLÂNTICO NORTE—Cientistas marinhos encontraram fragmentos de plástico em todas as amostras de água do oceano obtidas na perna inicial da travessia do Projeto 5 Gyres (Giros), o primeiro estudo global sobre poluição marinha por plástico.
“Todas as amostras obtidas da superfície no meio do Atlântico continham fragmentos de plástico, não importava aonde deixávamos cair nosso equipamento de arrasto,” disse Anna Cummins. A residente de Santa Monica, Califórnia, velejou através do Atlântico Norte entre St. Thomas, na Ilhas Virgens, EUA e as Bermudas, para lançar o projeto com seu marido o Dr. Marcus Eriksen.
O casal deixou as Bermudas em 28 de janeiro último com destino aos Açores, nesta segunda perna de sua viagem, uma travessia transatlântica sem precedentes. Eles estão velejando através do Mar de Sargaço, uma região alongada no meio do Atlântico Norte circundada por correntes oceânicas as quais formam o Giro do Atlântico Norte.
A poluição marinha por plástico, a qual pode ameaçar a saúde humana, é largamente conhecida como prevalecente no Oceano Pacífico Norte como o “Grande Rastro de Lixo do Pacífico”. O Projeto 5 Gyres busca documentar esses detritos artificiais nos cinco giros do globo.
“Este é um problema global, temos visto evidência de poluição por plástico em todos os lugares do mundo e isto está piorando”, diz o Capitão Charles Moore, o fundador da Algalita Marine Research Foundation (AMRF – Fundação de Pesquisa Marinha Algalita ). O Projeto 5 Gyres é uma colaboração entre a AMRF, Livable Legacy e a Pangaea Explorations. Cummins e Eriksen, dirigentes do projeto, vêm trabalhando extensivamente com o Capitão Moore. O montante de plástico que eles encontraram durante a perna inicial de 1.070 milhas, cercando o Giro do Atlântico Norte, a bordo do veleiro de regata Sea Dragon, é similar ao que eles viram no Pacífico.
A acumulação torna-se mais densa em leiras no mar, as quais são parecidas com correntes de superfícies de rios povoadas por densos sargaços que aprisionam os detritos. “Nos sargaços encontramos tampas de garrafas, cápsulas de balas de revólver, engradados e até mesmo botas de borracha!” diz Cummins.
Nas Bermudas, Cummins e Eriksen realizaram palestras públicas e para escolas, varreram praias com grupos de limpeza e se encontraram com o Cônsul Geral dos Estados Unidos Grace Shelton. Eles esperam retornar para a Califórnia no final de fevereiro deste ano, após apresentarem suas descobertas na Ocean Sciences Conference de 2010 (Conferência de Ciências Oceânicas) em Portland, no estado do Oregon, EUA, em 24 de fevereiro.
No mar com outros onze tripulantes, Cummins e Eriksen estão aprofundando o foco de suas pesquisas anteriores na AMRF, as quais têm sido quantificar os plásticos flutuantes, incluindo os fragmentos de microplástico consumidos por peixes. Agora eles buscam entender como esses detritos afetam os peixes, para entender melhor o efeito humano do que o Los Angeles Times chama de “um dos segmentos da esteira de lixo tóxico da civilização que mais cresce.”
“As partículas de plástico no mar agem como magnetos para substâncias químicas tais como DDT, PCBs, retardadores de chama e outros poluentes,” diz Cummins. “O Projeto 5 Gyres está trabalhando para avançar nossas pesquisas anteriores com os testes buscando determinar se esses químicos se acumulam nos peixes, navegam ao longo da cadeia alimentar e terminam em nossos pratos de jantar.”
Um dos patrocinadores do projeto é a Blue Turtle. A Pangaea Explorations está fornecendo o veleiro de 72 pés Sea Dragon, no qual o casal velejará para coletar amostras da superfície do oceano, do fundo do mar e do conteúdo do estômago e dos tecidos de peixes para análise.
No final deste ano, o Sea Dragon cruzará o Giro do Atlântico Sul, indo do Rio de Janeiro à Cidade do Cabo, na África do Sul. Esta será a primeira travessia desse tipo nos últimos 30 anos no hemisfério sul. Após está travessia Cummins e Eriksen planejam velejar no Giro do Pacífico Sul.
O Programa de Viagem para Arrasto do 5 Gyres empresta equipamentos de pesquisa para outros velejadores coletarem amostras oceânicas. Atualmente quatro outros arrastos estão sendo desenvolvidos por “cientistas cidadãos” velejando no hemisfério sul, em torno do Cabo Verde na costa da África, no Havaí e em outros lugares.
As Viagens de Arrasto continuarão emprestando equipamentos para outros estudos de plástico no Giro do Oceano Índico e em outros lugares.
“Esperamos obter informações dos cinco giros nos próximos dois anos” – diz Eriksen – “continuaremos trabalhando com cientistas cidadãos para perseguir a acumulação de resíduos plásticos nos oceanos do mundo.”
Eriksen e Cummins estão mantendo um blog com fotos e vídeos sobre sua viagem no endereço 5gyres.org. O progresso do Sea Dragon pode ser acompanhado através da tecnologia GPS.
Pelo fato de que a poluição por plástico no mar não pode ser limpa por qualquer meio, a sociedade deve parar este problema na sua fonte, realçam os pesquisadores. Eles advogam que legislações demandem das empresas a responsabilidade pela recuperação e reutilização de seus produtos, incluindo incentivos econômicos de recuperação e extinção de produtos descartáveis não reutilizáveis. A legislação responsável criará também uma tremenda oportunidade para produtos alternativos inteligentes e inovadores.
“Não podemos sair desta sujeira pela reciclagem, nem podemos limpar o que já está lá fora,” diz Eriksen. “Não estamos olhando para uma grande acumulação de pedaços visíveis de plásticos, mas para uma sopa difusa de micro-partículas.”
Enquanto os efeitos potenciais à saúde humana permanecem desconhecidos, cientistas já estimam que perto da metade de todas as espécies de pássaros marinhos, todas as espécies de tartarugas marinhas e 22 espécies de mamíferos marinhos ferem-se ou morrem por causa do lixo plástico, seja pela ingestão, enredamento ou estrangulamento, antes que os detritos sejam quebrados (pela fotodegradação) em minúsculos fragmentos.
A lista de espécies de peixes que ingerem fragmentos tóxicos de plásticos está crescendo. A AMRF, onde Eriksen é diretor de desenvolvimento de programas, identificou oito dessas espécies em 2008.
Na última primavera, Cummins e Eriksen completaram um tour de 2.000 milhas de bicicleta para gerar conscientização do problema no Giro do Pacífico Norte, onde o próprio Eriksen velejou a bordo do JUNKraft da AMRF construído com 15.000 garrafas de plástico. O problema do plástico no oceano tem sido referido como a Marca de Lixo, mas que é muito mais difusa do que uma simples “marca”, a qual Eriksen e Cummins chamam de sopa de plástico.
O casal continuará sua segunda viagem este ano no Atlântico com um projeto de conscientização de duração de um ano chamado “O Último Canudo.” Este projeto inclui um tour de 2.000 milhas para ciclo de palestras na Costa Leste e a construção, em Paris, de um barco com 250.000 canudos de plástico. Neste barco, chamado de “STRA,” em homenagem à expedição RA feita por Thor Heyerdahl no final dos anos 1960, eles velejarão o Rio Sena e cruzarão o Canal Inglês.
O patrocinador do Projeto 5 Gyre Blue Turtle, baseado em San Francisco, é uma organização social que visa soluções completas e longevas para a poluição dos oceanos mundiais através da educação, de fontes de eliminação e limpeza. A Pangaea Explorations, outro patrocinador importante e proprietária do Sea Dragon, é dedicada à descoberta de bases verdadeiras sobre o meio ambiente, envolvendo pessoas e as questões ambientais, e ensinando a próxima geração a respeitar e proteger o seu meio ambiente.
Patrocínios chave adicionais são fornecidos por Ecousable, Quiksilver Foundation, Surfrider Foundation, Keen Footwear, Patagonia e Aquapac.
Tradução: Global Garbage
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