sábado, 28 de março de 2009

O começo

Arpoador em 1981/82, com o Circo Voador ao lado, a primeira vez que pensei em ser surfista.

Sábado cheguei na praia antes da 7 da manhã para surfar umas ondinhas divertidas na praia da Macumba com meu longboarb. Todas as pessoas que não pegam onda questionam o que faz um cara sair de casa tão cedo no fim de semana, único dia que ele tem para dormir um pouco mais, para ir a praia em um dia de chuva. Fiquei pensando sobre isso e voltei no tempo para tentar lembrar quando foi meu primeiro contato com o surf e lembrei de uma tarde em que fui com minha mãe no Arpoador, devia ser por volta de 1981/82 porque ainda existia o circo voador na frente da praia do diabo. Eu lembro que fiquei olhando os caras pegando onda e pensei.."Isso deve ser demais!!!!"...quando minha mãe me perguntou se eu não queria virar surfista eu concordei na hora....só que minha primeira remada ainda ia demorar um pouquinho mais. Lembro de um outro momento em que meu irmão mais velho apareceu com uma prancha biquilha na minha casa e organizou uma ida a praia com um outro amigo....eu estava doido para ir também mas minha mãe não deixou porque eu era muito pequeno. Infelizmente essa aventura do meu irmão e seu amigo no mundo do surf durou apenas aquela caída, uma vez que a prancha perdeu uma das quilhas. Não sei que fim levou essa prancha. Me lembro também que eu ficava horas pegando ondinhas com uma pranchinha de natação e com um "hand surf", uma espécie de pranchinha que amarrava na mão. Pouco tempo depois veio a moda dos moreys boogies, por volta de 1984, e eu ganhei uma morey boogie 139. Depois de algumas surfadas com o bodyboard eu percebi que eu queria mesmo era uma prancha de surf, que aquilo que era o máximo. Eu via os caras sufando de prancha no leblon e não via a hora de ter a minha própria prancha. Após eu encher muito o saco do meu pai ele me deu uma prancha, em maio de 1986, comprada no balcão. A prancha era uma biquilha com um raio no meio da marca Elmano Surfboards (até hoje não sei que diabos significava isso). Minha primeira caída foi no posto 12 do leblon num dia de 0,5 metrinho. Na primeira onda eu me joguei numa espuma, subi na prancha, andei um pouquinho e as quilhas prenderam no banco de areia. Eu fiquei ali, em pé, sentindo pela primeira vez a sensação de ter uma prancha sob os pés....naquele momento eu tive a certeza de que aquela seria a primeira de muitas ondas.


Delá pra cá muitas ondas rolaram e tenho a certeza de que muitas ainda vão rolar....Aloha





GD

3 comentários:

Fred Schmidt disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fred Schmidt disse...

GD, muito inspiradora sua história com o surf... imagino a sua emoção e felicidade no dia que você ganhou sua primeira prancha e pegou sua primeira onda!

Muitas pessoas não entendem como uma cara pode ser tão determinada e fissurada pela prática do surf, um esporte livre, sem regras e que envolve fenômenos da natureza!

Surf é uma terapia para a mente! Te faz esquecer momentaneamente seus problemas e pode te deixar em estado de estase e/ou adrenalizado, dependendo da situação e da condição das ondas... É um esporte que mais parece arte! Dali, surgem amizades que irão durar anos, além das inúmeras possibilidades de viagens em busca das ondas perfeitas, que te fazem conhecer novos lugares, culturas e pessoas.... surf é muito mais que um esporte! Muito difícil um inciante não ser fisgado pelo bichinho do surf em suas primeiras ondas.... mas te digo que prefiro que essas pessoas continuem achando que o surf é uma grande perda de tempo, pois assim, teremos menos gente dentro d'água e consequentemente, mais ondas para desfrutarmos!

Aloha GD! Boas ondas... vê se adquire logo uma prancha nova para ficar com o surf mais afiado!

Abraço,
Fred Schmidt
ASR - Associaçãode Surf da RaSSa

Surf4ever disse...

Daí GD, legal o relato dos teus primeiros contatos com o surf. Valeu pela visita e comentário por lá, gostei do "tudo na vida são ciclos", veio em boa hora!
Abraço, boas ondas sempre,
Gustavo