segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Fukushima é a pior catástrofe industrial da história da humanidade”


Recebi esse email e como tudo que recebemos via internet temos de ter um pé atrás, mas que o negócio é sério é....aloha GD!!!!

“Fukushima é a pior catástrofe industrial da história da humanidade”, disse Arnold Gundersen, ex-executivo da indústria nuclear, à rede de televisão Al Jazeera.

O terremoto de 9 graus que atingiu o Japão no dia 11 de março causou um imenso tsunami que danificou os sistemas de esfriamento da usina nuclear da Tokyo Eletric Power Company (TEPCO), em Fukushima, Japão. Também causou explosões de hidrogênio e derretimentos de reatores que obrigaram o governo a evacuar moradores em um raio de 20 quilômetros da usina.

Gundersen, operador licenciado de reatores com 39 anos de experiência no desenho de plantas nucleares e na administração e coordenação de projetos em 70 usinas de energia nuclear em todos os Estados Unidos, diz que a planta nuclear de Fukushima tem provavelmente mais núcleos de reatores expostos do que se acredita comumente.

“Fukushima tem três reatores nucleares expostos e quatro núcleos de combustíveis expostos”, afirmou. “Provavelmente, há cerca de 20 núcleos de reatores por causa dos núcleos de combustível e todos necessitam desesperadamente ser esfriados. O problema é que não há meios para esfriá-los efetivamente”.

A TEPCO tem lançado continuamente água sobre vários dos reatores e núcleos de combustível, mas isso tem provocado problemas ainda maiores, como a radiação emitida na atmosfera em forma de vapor e na água do mar, assim como a geração de centenas de milhares de toneladas de água marinha altamente radioativa. “O problema é como manter o reator frio”, diz Gundersen. “Estão lançando água e o problema é o que vão fazer com os dejetos que saem desse sistema, pois eles vão conter plutônio e urânio. Onde vão colocar essa água?”

Apesar da usina ter sido fechada, os produtos da fissão nuclear, como o urânio, seguem gerando calor, o que exige o resfriamento. “Agora os combustíveis são uma massa disforme derretida no fundo do reator”, acrescentou Gundersen. “A TEPCO anunciou que tiveram um “melt trough”, ou seja, um derretimento no qual o combustível passa através do fundo do reator para o meio ambiente. Uma fusão do núcleo (“meltdown”) é quando o combustível derretido cai no fundo do reator, e um “melt trough” significa que ele atravessou várias camadas. Essa massa disforme é incrivelmente radioativa e agora há agua sobre ela. A água absorve enormes quantidades de radiação, o que exige mais água para resfriá-la, o que gera centenas de milhares de água fortemente radioativa”.

Cientistas independentes têm monitorado a localização de lugares radioativos perigosos em todo o Japão e seus resultados são desconcertantes. “temos 20 núcleos expostos, os tanques de combustível têm vários núcleos cada um, ou seja, há um potencial para liberar 20 vezes mais radicação do que ocorreu em Chernobyl”, afirma Gundersen. “Os dados que estou vendo mostram estamos encontrando lugares perigosos mais distantes do que no caso de Chernobyl, e a quantidade de radiação em muitos deles era a quantidade que levou a que algumas áreas fossem declaradas terra arrasada em Chernobyl. Essas áreas se encontram a 60, 70 quilômetros do reator. Não se pode limpar tudo isso. Ainda há javalis radioativos na Alemanha, 30 anos depois de Chernobyil”.

Monitores de radiação para crianças
A Central de Reação de Emergência Nuclear do Japão terminou admitindo no início deste mês que os reatores 1, 2 e 3 da planta de Fukushima sofreram derretimentos nucleares totais. A TEPCO anunciou que o acidente provavelmente liberou mais material radioativo no entorno do que Chernobyl, convertendo-se no pior acidente nuclear conhecido. Enquanto isso, um assessor de resíduos nucleares do governo japonês informou que é provável que cerca de 966 quilômetros quadrados ao redor da usina – uma área de aproximadamente 17 vezes o tamanho de Manhattan – tenham se tornado inabitáveis.

Nos EUA, a doutora Janette Sherman e o epidemiologista Joseph Mangano publicaram um ensaio assinalando um aumento de 35% na mortalidade infantil em cidades do noroeste (dos EUA), após o acidente nuclear em Fukushima, o que poderia, segundo eles, ser o resultado de chuva radioativa originada da planta nuclear acidentada. As oito cidades incluídas no informe são San Jose, Berkeley, San Francisco, Sacramento, Santa Cruz, Portland, Seattle e Boise, e o período considerado inclui as dez semanas imediatamente posteriores ao desastre.

“Existe – e deve haver – preocupação sobre a exposição de população jovem, e o governo japonês vai entregar monitores de radiação para as crianças”, disse o doutor MV Ramana, físico do Programa sobre Ciência e Segurança Global na Universidade de Princeton, e especialista em temas de segurança nuclear. Ele acredita que a ameaça primordial da radiação segue existindo, sobretudo para residentes que vivem em um raio de 50 quilômetros da usina. “Haverá áreas fora da zona de evacuação obrigatória de 20 quilômetros do governo japonês onde a radiação será maior. De modo que isso poderia significar que haja zonas de evacuação também nestas áreas”.

Gundersen assinala que foi liberada muito mais radiação em Fukushima do que o declarado pelas autoridades japonesas. “Voltaram a calcular a quantidade de radiação liberada, mas as notícias não falam realmente do tema. Os novos cálculos mostram que, na primeira semana depois do acidente, foi liberada de 2 a 3 vezes tanta radiação como a que pensaram que tinha sido liberada nos primeiros 80 dias. Segundo Gundersen, os reatores e núcleos de combustível expostos seguem liberando micra de isótopos de césio, estrôncio e plutônio. São as chamadas “hot particles” (partículas quentes ou partículas perigosas). “Estamos descobrindo partículas perigosas em praticamente todas as partes do Japão, inclusive em Tóquio”, revelou.

“Os cientistas estão encontrando-as por toda parte. Nos últimos 90 dias essas partículas perigosas seguiram caindo e estão se depositando em altas concentrações. Muita gente está as absorvendo pelos filtros de ar dos motores dos automóveis”. Os filtros de ar radioativos em automóveis em Fukushima e Tóquio tornaram-se comuns e Gundersen diz que suas fontes já encontraram filtros de ar radioativos na região de Seattle, nos EUA. As partículas perigosas que contem também podem provocar câncer.

“Elas se fixam nos pulmões ou no trato gastrointestinal e provocam uma irritação constante”, explicou. “Um cigarro não te mata, mas com o tempo acaba fazendo isso. Essas partículas podem causar câncer, mas não podem ser medidas com um contador Geiger. Evidentemente, a população de Fukushima aspirou essas partículas em grandes quantidades. Evidentemente, há pessoas na Costa Oeste superior dos EUA que estão sendo afetadas. Essa região foi bastante afetada (pela radiação) em abril”.

Culpar os EUA?
Como reação à catástrofe de Fukushima, a Alemanha vai eliminar progressivamente todos seus reatores nucleares durante a próxima década. Em um referendo na semana passada, cerca de 95% dos italianos votou a favor de interromper a retomada da energia nuclear em seu país. Uma recente pesquisa realizada no Japão mostra que cerca de três quartos dos entrevistados estão a favor de uma eliminação progressiva da energia nuclear em seu país.

A empresa nuclear Exelon Corporation foi uma das maiores doadoras da campanha eleitoral de Barack Obama e é uma das grandes empregadoras em Illinois, Estado onde Obama foi senador. A Exelon doou até agora mais de US$ 269.000 para suas campanhas políticas. Obama também nomeou o presidente executivo da Exelon, John Rowe, para sua Comissão Faixa Azul sobre o Futuro Nuclear nos EUA.

O doutor Shoji Sawada é um físico teórico de partículas e professor emérito da Universidade Nagoya, no Japão. Os modelos de usinas nucleares no Japão o preocupam, assim como o fato de que a maioria delas foi desenhada nos EUA. “A maioria dos reatores do Japão foram desenhados por empresas que não estavam preocupadas com o efeito de terremotos”, disse Sawada a Al Jazeera. “Penso que este problema se aplica a todas as centrais de energia nuclear em todo o Japão”.

O uso de energia nuclear para produzir eletricidade no Japão é produto da política nuclear dos EUA. O doutor Sawada pensa que essa é uma parte muito importante do problema. “A maioria dos cientistas japoneses naquela época, em meados dos anos cinquenta, considerava que a tecnologia da energia nuclear estava em desenvolvimento ou não suficientemente estabelecida, e que era demasiado cedo para dar-lhe um uso prático”, explicou. “O Conselho de Cientistas do Japão recomendou ao governo japonês que não utilizasse essa tecnologia, mas o governo aceitou o uso de urânio enriquecido para alimentar centrais de energia nuclear e, assim, viu-se submetido à política do governo dos EUA”.

Quando tinha 13 anos, o doutor Sawada viveu o ataque nuclear dos EUA contra o Japão, desde sua casa, situada a apenas 1.400 metros do epicentro da bomba de Hiroshima. “Penso que o acidente de Fukushima levou a povo japonês a abandonar o mito de que as usinas de energia nuclear são seguras”, disse. “Agora, as opiniões do povo japonês mudaram rapidamente. Muito mais da metade da população acredita que o Japão deve voltar-se para a eletricidade natural”.

Um problema de infinitas proporções
O doutor Ramana espera que os reatores e os núcleos de combustível da usina estejam suficientemente frios para um fechamento dentro de dois anos. “Mas será preciso muito tempo antes que o combustível possa ser removido do reator”, acrescentou. “Não há dúvida de que será preciso enfrentar o problema das rachaduras, da estrutura da usina e da radiação na área durante vários anos”. Sawada não é tão claro sobre quanto poderia demorar um fechamento completo, mas disse que o problema serão os efeitos do césio-137 que permanece no solo e a água contaminada ao redor da planta elétrica e debaixo dela. Enfrentar esse problema levará um ano, ou mais.

Gundersen assinalou que as unidades seguem emitindo radiação. “Ainda estão emitindo gases radioativos e uma quantidade enorme de líquido radioativo. Levará pelo menos um ano até que deixe de ferver, e até que isso ocorra, estará produzindo vapor e líquidos radioativos”.

Gundersen está preocupado com possíveis réplicas do terremoto, assim como com o resfriamento de duas das unidades. “A unidade quatro é a mais perigosa e corre o risco de colapsar. Depois do terremoto em Sumatra houve uma réplica de 8,6 uns 90 dias depois, de modo que ainda não estamos a salvo. E estamos em uma situação na qual, se ocorrer algo, não existe ciência para isso, ninguém nunca imaginou que teríamos combustível nuclear quente fora do tanque. Não encontraram ainda uma maneira de esfriar as unidades três e quatro”. A avaliação de Gundersen sobre uma solução para essa crise é sombria:

“As unidades um, dois e três têm dejetos nucleares no fundo, o núcleo fundido, e contém plutônio, que levará algumas centenas de milhares de anos para ser eliminado do entorno. Além disso, terão que entrar com robôs e conseguir coloca-lo em um container para guardá-lo infinitamente, e essa tecnologia não existe. Ninguém sabe como recolher o núcleo fundido do solo, e não existe uma solução atualmente para fazê-lo”.

O doutor Sawada diz que a fissão nuclear gera materiais radioativos para os quais simplesmente não existe conhecimento necessário para nos informar sobre como lidar de modo seguro com esses dejetos radioativos. “Até que saibamos como lidar com segurança com os materiais radioativos gerados por usinas nucleares, deveríamos postergar essas atividades para não causar mais danos às futuras gerações. Fazer outra coisa é simplesmente um ato imoral, e acredito nisso tanto como cientistas quanto como sobrevivente do bombardeio atômico de Hiroshima”.

Gundersem acredita que os especialistas precisarão de pelo menos dez anos para desenhar e implementar o plano. “Assim, daqui a 10 ou 15 anos, a contar de agora, talvez possamos dizer que os reatores foram desmantelados e, neste período, se conseguirá terminar a contaminação da água. Já temos estrôncio 250 vezes acima dos limites permitidos no nível aquífero em Fukushima. Os níveis aquíferos contaminados são incrivelmente difíceis de limpar. Portanto, penso que teremos um aquífero contaminado na área da usina de Fukushima durante muito, muito tempo”.

Desgraçadamente, a história dos desastres nucleares parece respaldar a avaliação de Gundersen. “Com Three Mile Island e Chernobyl, e agora com Fukushima, pode-se precisar o dia e a hora exata em que esses desastres começam, mas nunca quando terminam”.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Top 18


Medina quebrou de novo e agora já está nos Top 18 da lista dos 32 que entram no CT no corte da metade do ano. Miguel Pupo também está bem em 25.

Os muleques vão entrar no CT ainda esse ano e a criança vai chorar e a mãe não vai escutar.

De resto aproveita a semana, vai pegar umas valinhas e passa filtro solar.

Aloha GD

domingo, 19 de junho de 2011

Skate Model

Nosso shaper Marcelo Passos foi flagrado pela fotógrafa Kim Adam fazendo um surfe na reserva com novo Skate Model da Industry Surfboards. A bichinha é 4´10 x 18.75 x 2.25...to querendo experimentar esse brinquedinho ai....Aloha GD!!!


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dica do GD: Primavera Silenciosa



Aproveitando a semana do meio ambiente segue a dica literária do GD de hoje: Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, um marco na história do movimento ambientalista mundial.

O livro foi escrito em 1962 pela bióloga e pesquisadora Rachel Carson, e aborda os efeitos que o uso dos pesticidas causam no meio ambiente, principalmente para as aves (daí o título do livro).

A publicação do livro ajudou no banimento do uso de DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) nos EUA em 1972, pressionado por mudanças nas leis ambientais. O uso do DDT é controlado pela Convenção de Estocolmo e no Brasil teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso proibidos pela Lei nº. 11.936 de 14 de maio de 2009.

O relato feito por Carson apresenta para o grande público, de forma bem clara, como uma cidade americana fictícia foi silenciada pelo uso do DDT, que contaminou peixes, pássaros e crianças, sendo essa cidade correspondente a uma parte de cada cidade americana real. A autora diz “nós permitimos que esses produtos químicos fossem utilizados com pouca ou nenhuma pesquisa prévia sobre seu efeito no solo, na água, animais selvagens e sobre o próprio homem”.

Apesar de ter sido escrito a quase 50 anos o livro continua atual e é uma leitura importante para quem se interessa pela área ambiental e gostaria de se aprofundar no assunto.

Vai lá maluco, larga esse Facebook um pouco e vai ler um livro, sua mãe vai se orgulhar de você!!!! Você vai descobrir que meio ambiente é muito mais do que você vê nas propagandas de Banco.

Aloha GD!!!!!

domingo, 5 de junho de 2011

A kombi do Medina


A kombi do Medina lotada de gente, la dentro tá o hobgood, o cristhie e o whitaker, foda que nem ar tem, pelo menos tá friozinho.

Esquece tudo que você já viu de surf, a partir de hoje uma nova era começou. A performance do Gabriel Medina no prime de Imbituba foi um divisor de águas na história do surf, mais ou menos como a bateria do Slater x Curren na França em 1990, marcando uma troca de guarda no cenário mundial.

Caras como Damien Hobgood, Tom Whitaker e Gabe Kling não vão ter mais chances daqui pra frente. As ondas do Gabriel foram até difíceis de serem julgadas, deixando os juízes sem parâmetro de comparação. Se um carve forte lá fora já rendia uma onda na casa de 8 pontos, quanto vale um aéreo gigante numa onda de 2 metrão??? ou um superman???? ou um double grab saindo 1,5 m da onda???? Com certeza amanhã o mundo todo vai estar comentando o campeonato de hoje. Os juízes vão ter de sentar e rever seus critérios, o que é uma onda excelente e uma boa, o surfe mudou e eles sabem disso, quem não se adaptar ta fora. O Tom Whitaker praticamente nem entrou na água na final, o cara sabia que não tinha como competir com o surfizinho burocrático que tem, se eu fosse ele dizia que tinha tido uma caganeira e nem entrava na água.

Quando o Miguel Pupo levou o 6 estrelas de Trestles os gringos disseram que os brasileiros eram bons nos truques em marola. Dessa vez o Medina deu show em ondas de 2 a 2,5 metros. O Brasil tá no topo do surf mundial, seja de ondas gigantes ou no CT, e os gringos estão mordidos. Espero que não resolvam inventar alguma regra para travar os brasileiros, tipo aéreo rodando de frontside não conta ponto ou algo desse tipo.


Pai do Gabriel, um grande campeão tem de ter uma forte estrutura familiar.

Das 10 maiores notas do campeonato 8 foram do muleque, na semi ele descartou dois noves, além de ter tirado dois 10 na competição. Marcou pontos importantes para entrar no CT logo no primeiro corte, imagina quando estiverem ele, Pupo, Adriano, Heitor e Jadson...vai se ruim de aturar...

A kombi do Medina saiu cheia de gente, pelo menos tava frio, imagina botar os gringos apertados na kombi sem ar condicionado..ai é muita judiação com os branquelos...Por falar em Kombi a Ong Adaptsurf, que trabalha com o surf adaptado como inclusão social, está precisando de uma kombi para levar seu material e seus alunos para a praia....quem quiser ajudar entra em contato com eles ou manda um coments aqui mesmo...o Nike, arruma uma komboza para a rapaziada lá, não custa nada....Aloha GD!!!!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

I'm not a surfboard collector




"I'm not a surfboard collector. All the boards I have, I ride. There's dirty wax on all of them. I ding 'em up, have all my friends ride them. I've never priced out any of the boards, either. I love to look at boards and wonder what they ride like. I don't know, I guess I'm just addicted to the ride."

Donavon Frankenreiter