Fonte: Estadão.com.br
A proporção a que chegou o vazamento no Golfo do México provocou o governo do Rio de Janeiro e o Ministério do Meio Ambiente a formarem um grupo de trabalho para prevenção e mapeamento de riscos em plataformas de petróleo no Brasil. O grupo vai procurar saber da companhia de petróleo qual é o plano de ação no caso de um acidente como o dos Estados Unidos. A comissão é formada por integrantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, da Petrobras e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"A missão do grupo será apresentar ao Estado do Rio de Janeiro uma análise do que aconteceu lá (no Golfo do México), saber em que circunstâncias nós operamos aqui e como está o nosso plano de contingência comparativamente ao que foi adotado nos Estados Unidos em termos de medidas e metas para evitar danos", afirmou a secretária de estado de Meio Ambiente, Marilene Ramos.
A coleta de informações será dividida em três partes: como evitar o acidente, o que fazer para conter a mancha, caso ocorra o vazamento, e posteriormente, como minimizar os danos à costa. "Os Estados Unidos, com o poderio econômico e tecnológico que têm, vão lançar mão do que há de melhor para essas três etapas. Precisamos conhecer essas tecnologias para que possamos melhorar e fazer um upgrade nos planos de contingência", explicou a secretária.
Um dos temores do governo do Estado é que, no caso de um vazamento, o óleo chegue à costa atingindo ecossistemas e a indústria do turismo. "Além de todo o impacto ambiental de atingir ecossistemas importantíssimos que temos na costa, como manguezais e restingas, temos a indústria turística na costa, que é importantíssima, e poderia estar ameaçada numa situação como esta. Precisamos investir mais em planos de contingência."
A primeira reunião do grupo será na sexta-feira. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também participará. Num primeiro momento, segundo a secretária, somente o Estado do Rio participará das reuniões. "O Rio concentra 80% da exploração, mas dependendo dos resultados, convidaremos outros Estados importantes em petróleo, como Espírito Santo e São Paulo".
Monitoramento
Em 2000 e 2001, acidentes no Rio e no Paraná atingiram áreas de preservação ambiental e provocaram críticas sobre o tempo de reação da Petrobras para conter o óleo. Após os acidentes, a Petrobras alterou sua política de meio ambiente e segurança, criando novos centros de controle de vazamento em oito Estados. O investimento, de R$ 164 milhões, teve como objetivo ampliar o número de equipamentos e reduzir o tempo de resposta na contenção de vazamentos.
3 comentários:
Já viu que eu vou ter trabalho pra caralho pra fazer né?!
Pelo menos mostra que o Brasil tá preocupado em salvar seu pescoço, mesmo quando a pressão vem de fora.
Quero ver agora o merda do James Cameron ir lá e falar mal da indústria petrolífera do país dele e deixar os empreendimentos na Amazônia pra nós, brasileiros tomarmos conta. Esses gringos tem mais é que se fuder!!!!
Aloha,
TNT.
Previnir para não sofrer com uma desgraça dessas! Boa percepção e atitude! Porém, o homem constrói, o homem destrói! A ganância por mais e mais $$$$$.... e que se foda o MEIO AMBIENTE. É um absurdo a forma como as atividades exploradoras dos recursos naturais são feitas ainda hoje, com toda a tecnologia e os recursos financeiros. Isso tem que mudar! O governo e os empresários tem que ser mais responsáveis com o ambiente em que atuam! respeito a natureza e a sociedade!
"quando a última árvore tiver caído, o último rio estiver secado e o último peixe for pescado vocês vão entender que dinheiro não se come"
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