quinta-feira, 24 de março de 2011
Fukushima, Arpex e Macumba.
O post dessa semana começa com as fotos publicadas no site do Surfers Journal, enviadas pelo surfista Fukushimense Tadashi Yaguchi. O pico era muito surfado pela galera local, e depois de ser devastado pelo Tsunami foi afetado pela explosão da usina nuclear. Com certeza o pico vai ficar inabitado pelas próximas décadas, estando vários picos secretos existentes na região contaminados pela radiação. Me lembrei das sessões de surf que fiz na Praia Brava de Angra, com a usina nuclear ao fundo no meio da mata atlântica, e não quis nem pensar como ficaria aquele paraíso caso alguma coisa acontecesse lá.
Mudando de assunto, com o objetivo de tentar surfar durante a semana encarei na última sexta, 18/03/11, uma sessão no Arpoador na madruga. Cheguei no pico às 6:30, e já tinham várias cabeças na água, ondinhas de 1,0 metro quebravam bonitas na pedra. Um sol lindo marcava o último dia do verão. A água clara e límpida. Entrei e me posicionei mais embaixo do crowd para tentar pegar as que entravam mais pra fora, uma vez que as da série já eram da galera local, claro. Guilherminho e Cia vinham lá da laje emendando as sessões. Surfar no arpex com aquele crowd é mais ou menos como ir numa festa da Globo e querer pegar a Luana Piovani ou a Paola Oliveira, claro que tu não vai pegar, pode até dar uma sorte e pegar, mas provavelmente vai sobrar para você uma figurante de malhação ou quem sabe uma garçonete. No total devo ter pego umas 20 ondas, sendo duas esquerdas dignas de arpoador, quebrando mais cheias, com uma parede para dar umas rasgadas e emburacando mais na beira, e o resto foi sobra do crowd, algumas ondas curtas e outras fechadeiras. Para sair do mar foi meio difícil porque tava sem areia e tive de subir pelas pedras, mas nada de mais. Depois fiquei lagarteando no sol tomando uma água de côco, isso realmente não tem preço, tenho de repetir isso mais vezes.
Sabadão com o mar com ondas de 1,5 m me desloquei para Macumba, com o objetivo de pegar umas ondas manobráveis. Infelizmente cheguei meia hora depois de ter entrado o sudoeste e o mar não tava bom, mexido com séries fechadas. Peguei algumas boas, porém o destaque foi uma direita que quebrou lá fora e foi majestosamente surfada pela lenda Wadir Mansur. O cara destruiu a onda com muita classe em cima de seu longboard.
Domigão o mar acertou, fui para macumba e tinham boas ondas de 0,5 metrão, bem lisas. Cachoron caiu na barra e disse que tinham boas na vala, outros broderes relatarm boas sessões em Ipanema e Leblon. Lá na macumba tudo ia correndo bem, ondinhas cheias e manobráveis para minha fish Industry Surfboards 6” twin-fin, até que na volta pro pico subiu uma direita prum longboarder dropar na minha frente. O cara nem tomou conhecimento da minha existência e dropou a onda, só que o sujeito por incompetência técnica não conseguiu fazer a cavada num barco com mais de 9 pés e vacou. Sua prancha acertou meu braço, rasgando minha camisa de lycra e provocando um hematoma. Segundo incidente na macumba com longboarders pregos em menos de uma semana. Levantei e me apoiei na minha prancha, tentando sentir o estrago. O sujeito catou sua prancha e nem pediu desculpa, foi remando pra fora. Eu fui atrás e disse:
“Amigo, por obséquio, o Senhor acertou meu braço direito, machucando-o e rasgando minha camisa de lycra favorita!”
O cara ficou sem graça e pediu desculpas, no fundo ele tentou sair fora sem que eu visse, mais ou menos como quando o cara bate de carro e não para, fugindo de cena. Infelizmente esses casos de falta de educação são comuns não só no universo do surfe como na nossa vida em geral. Já dizia aquele provérbio indígena:
“Quanto mais conheço os homens, mais gosto do meu cachorro!!!!”
É isso...Aloha GD!!!!!!!
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