quinta-feira, 17 de março de 2011

Relato do fim de semana!!!!

Cheguei na praia sábado, 12/03, por volta das 10 da manhã, um vento chato deixava o mar ruim em toda a Barra da Tijuca. Me dirigi pra Macumba onde durante o período do carnaval rolaram boa ondas. Chegando lá tinha 1,0 metrão, mas com a lotação máxima no pico, casa cheia. Devia ter uns 500 surfistas em toda a praia. Muita gente mesmo.

Entrei e após muita remação me posicionei no pico, as maiores da série quebravam no outside e foi numa dessas que um longboarder suicida iniciante dropou a onda lá atrás, se desequilibrou bem na minha frente e largou sua prancha a 2 metros da minha cabeça no meio de um espumeiro enorme...na hora larguei a prancha e mergulhei e foi ai que senti o leash arrebentando, pior que tinha uma menina atrás de mim e mais um cara, depois do “tranco” eu subi entre o longboarder suicida e mais um maluco que eu não sei de onde veio...a menina por sorte não tomou minha prancha na cabeça. Ai começou a natação até a areia sem pegar nenhuma onda ainda. No surfe rola isso, às vezes você acha que vai destruir e é destruído. Na real o que arrebentou foi a cordinha que prende o leash na prancha, mas ai foi um vacilo meu, já tinha arrebentado alguns meses atrás e eu pra continuar surfando arranquei o cadarço que amarra a sunga e prendi na prancha, daí pra frente ficou aquele lá mesmo, que já devia ta meio puído e desgastado. Aí ficou a lição da caída: NUNCA NEGLIGENCIAR SEUS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA!!! No surfe o estrepe é seu equipamento de segurança, além, é claro, do preparo físico. O surfista deve sempre estar com uma condição física compatível com o mar que ele vai surfar, senão ele pode ter surpresas desagradáveis como descobrir que não consegue sair do mar sozinho.

Após esse evento saí da água, catei minha prancha na areia e, como sou brasileiro e não desisto nunca, achei um barbante na praia, amarrei no estrepe e me taquei de novo no mar. Rolaram mais algumas boas ondinhas, porém nada de mais.

No domingo o mar baixou um pouco, chequei a previsão do Rico e vi assim, ondas de 1,0 metro, roupa ideal: short-john, lycra...parti pro surfe mas quando cheguei lá vi que tinha uma névoa na praia, sinal de que a água devia ter esfriado. Pior que no sábado tinha tirado meu long-john da mala do carro. O site do Rico me fodeo. A água tava gélida. Mas não fui só eu que fui pego de surpresa não, várias cabeças tavam passando aperto com a súbita queda na temperatura da água, proveniente do swell de leste.

O surfe rolou na água gelada mesmo, mas só deu pra ficar uma horinha, pegando algumas ondinhas razoáveis.

Enquanto isso os sócios Chefe Fred Pequeño e El Cachoron, recém chegados da trip para Galápagos, foram tentar a sorte em São Conrado, uma onda mais buraco..Os caras estavam querendo ver o oco, mas acabaram vendo o cocô. Segundo relatos a água estava cheirando a banheiro químico após a passagem do Cordão da Bola Preta no carnaval.

Depois de algumas ondas El Cachoron, ainda sobre efeito da trip gringa soltou a exclamação: No Brasil não dá onda, nunca seremos campeões mundiais com os caras surfando nessas ondas!!!! Polêmicas a parte, Cachorón tem razão.

Para ilustrar o post, segue abaixo foto de chefe Fred Pequeño rasgando no Tongo.

Vai também uma das frases mais lindas que já li na vida, do blog Deslimites do Pepe Cesar:

LIBERDADE É SE APRISIONAR NUM TUBO!!!!!!!!

Aloha GD!!!!!

3 comentários:

Tiago disse...

Isso aí GD! Aumentando a vida útil do barbante dispensado na areia! RRR!
E campeão mundial com essa ondas mais ou menos daqui? Piada!

Henrique disse...

Só não esquece que leash não é equipamento de segurança é acessório de conforto.

Ninguém deve entrar em um mar em que não consegueria enfrentar as ondas nadando.

Anônimo disse...

boa henrique...bem lembrado..aloha gd