segunda-feira, 25 de abril de 2011

Galápagos 2011 - Parte 2. Ondas de Norte

Continuando a série de Galápagos segue a segunda parte da aventura, com os clicks de Fred Schmidt!!! Aloha GD!!


O canhão!!!!!!!!!

Ficamos torcendo pela entrada de um swell de norte para fazer a onda mais cobiçada da ilha funcionar... La Carola. Um pointbreak de direita clássico que rola ao lado do farol de Punta Carola, e com tamanho, a onda começa a quebrar muito atrás do farol e se estende por muitos metros. Com swell grande a onda produz um tubo espesso e uma parede vertical para ser espancada. Porém, o que vimos foi um swell de baixa intensidade de noroeste que proporcionou boas ondas de 1m com algumas séries de 1.5m. Ondas rápidas e pra frente na maré seca.... o chato desse pico é que quando as ondas não estão com pelo menos 2m, os locais de San Cristobal fazem um crowd nada amistoso. Isto se deve pela proximidade da Carola com o povoado, pois a olho nu consegue-se ver a onda quebrando ao longe. Mesmo assim conseguimos pegar algumas boas ondas em um dos poucos dias que a Carola funcionou durante nossa estadia. Dizem que esta é a melhor onda do Equador, e não duvido que realmente seja! A praia de La Carola é linda... formada por uma baía de águas claras, protegidas pela ponta de pedras onde se localiza o farol. É um lugar legal para se passar o dia surfando e também para fazer snorkling e observar a vida marinha e as iguanas que se amontoam nas pedras. O acesso a praia pode ser feito a pé ou em lanchas-taxi que levam até o pico.

Outra onda de qualidade que surfamos, foi El Cañon. Trata-se de uma esquerda de pointbreak que costuma quebrar melhor com swell de norte/oeste e maré enchendo. A onda é linda e o vento sul pega de terral e deixa suas paredes extremamente lisas e perfeitas para acelerar e manobrar. É uma onda que corre rápida e costuma jogar tubos translúcidos em cima de um fundo coberto de pedras redondas. A água é de uma clareza impressionante... às pedras brancas no fundo funcionam como um refletor natural e potencializam a amplitude da luz do sol. No geral, surfamos ondas rápidas de 0,5 a 1m, mas fizemos um final de tarde em especial que estava muito bom, com ondas de 1.5m quebrando no outside e abrindo bastante. Me lembro de ter feito um drop numa onda com tamanho, que me deu muita velocidade para cavar e em seguida rasgar forte no lip. Que onda! Chato mesmo era o crowd e a saída pelas pedras, mas mesmo assim, conseguimos achar nossas ondas e ficamos satisfeitos com o surf no “Canhão”. Muitos animais participam do dia a dia no pico de El Cañon... os ágeis e fagueiros lobos marinhos estão sempre surfando aquelas ondas, enquanto algumas iguanas ficam a espreita se aquecendo no calor das pedras. Gaivotas, fragatas, atobás e enormes pelicanos passam por ali em suas revoadas diárias. O acesso a onda de El Cañon pode ser feito por mar em lancha-taxi, ou por terra, onde é necessário apresentar um documento original de identidade para ingressar na área militar. O nome El Cañon deve-se ao fato de existir um antigo canhão de guerra bem em frente ao pico. Este é o mesmo caminho que se faz para ir até o Tongo.



A Rassa feliz da vida no paraíso!!!

A rapaziada no canhão!!!!


Coisa linda!!!


Direitão!!!


Carolão!!!


La Carola!!!!


El Canon bombando!!!!


Vista do pico.


A bomba entrando.


El canon.

Um comentário:

Tiago disse...

A Carola é tão rara e tão boa que nego não quis ficar na areia fazendo a filmagem. As ondas ficaram na memória. Foi nesse pico que aprendemos um tratamento carinhoso por parte dos locais: "mama verga!". Bruninho foi o primeiro a incluir essa expressão no vocabulário. Garoto bom.